Venho há algum tempo refletindo sobre o motivo pelo qual a maioria das pessoas adultas tem dificuldade em se manter ativas fisicamente. As desculpas são variadas, falta de tempo, dinheiro, enfim. Na verdade penso que o problema está em não poderem fazer o que realmente gostam.
Sabemos que a personalidade é formada, não só mas também, a partir da experiência de contatos e relacionamentos iniciais da criança. Os hábitos alimentares de um adulto são determinados por fatores genéticos e pelos alimentos oferecidos para ele na infância. O sucesso nas relações sociais e afetivas também vai depender de como foram essas relações nos primeiros anos de vida.
Responda então, o que você mais gostava de fazer, brincar, jogar, quando criança até a idade escolar?
A) jogar futebol ou outro esporte
B) dançar
C) nadar
D) andar de bicicleta
E) ANDAR NA ESTEIRA
Entendido porque a maioria dos adultos não faz atividade física. Ou alguém respondeu a letra E?
Gostamos de fazer coisas que vivenciamos na infância, brincadeiras ou esportes que eram prazerosos e não obrigatórios. Aí crescemos e nos deparamos com uma cultura esquisita que não nos permite continuar com essa vivência depois de adultos. Pra quem jogava futebol fica mais fácil, ou então se gostava de pedalar e mora numa cidade com estrutura para isso, tudo certo!
E quem fazia ginástica olímpica? Basquetebol? Atletismo? Para esses indivíduos que não se tornaram atletas, apenas gostavam da atividade, resta uma caminhada na ciclovia ou a musculação na academia.
Eu costumava dançar, fiz muitos anos de jazz. Moro em Joinville, a capital nacional da dança. Mas é difícil encontrar um lugar para continuar a minha prática, a maioria dos grupos de dança são para crianças e adolescentes. Então, vou buscar outra coisa.
É preciso saber que independente da atividade física que você for praticar, deve ser feita com vontade, com prazer. Esse é o segredo do sucesso na prática, é o que vai manter sua frequência no exercício. Além disso os benefícios são muito maiores!
Um corpo consciente é um corpo saudável.
Eloiza Fernandes Giraldi
